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HISTÓRIA E LENDA

Hoje em dia o espaço da vila engloba quatro locais, Pederneira, Sítio da Nazaré, Praia da Nazaré e Rio Novo. Até inícios do séc. XVII apenas existia o Sítio e a Pederneira, pois o mar ocupava o lugar da atual Praia da Nazaré. Com o passar dos anos as águas recuaram e a população começou a instalar-se na costa, a principal atividade económica foi a pesca mas também a agricultura passou a ser uma fonte de riqueza para a zona.
 


Mas a história do Sítio da Nazaré estará sempre ligada à sua lenda, conta esta que a imagem da Virgem trazida de Nazareth da Palestina terá sido escondida por um Frei Romano numa lapa no Sítio onde ficou guardada até ser descoberta por pastores que passaram a venera-la. Após algum tempo D. Fuas Roupinho, alcaide do Castelo de Porto-de-Mós, na manhã do dia 14 de Setembro de 1182 encontrava-se na sua tarefa habitual de caça a perseguir um veado quando subitamente o viu desaparecer num precipício. Aterrorizado com o perigo, D. Fuas pediu auxílio a Nossa Senhora e nesse momento o cavalo estacou salvando a sua vida. Em forma de agradecimento D. Fuas Roupinho mandou construir a Ermida da Memória.
 


O nome do local passou a chamar-se então Sítio de Nossa Senhora de Nazareth. Mais tarde foi construído o Santuário de Nossa Senhora da Nazaré para acolher o maior número de peregrinos que se deslocam ao local do milagre.

TRAJE SETE SAIAS 

O traje típico masculino do pescador da Nazaré era ajustado para as condições de vida marítima, utilizavam camisas e ceroulas com padrão axadrezado, também barrete preto de lã e uma cinta preta que envolvia a cintura. Em dias frios vestiam casacos de cores escuras. Apenas o casaco tinha bolsos os objetos pessoais dos pescadores eram guardados no barrete e normalmente andavam descalços.
 
Em dias festivos o homem vestia calças ajustadas atrás com presilha e fivela, camisola de caxemira com pregas, pestanas e gola virada que era decorada com três botões na diagonal, calçavam tamancos. Em caso de luto ou apenas para agasalho usavam a samarra ou o gabão/varino.
 
Hoje em dia o traje caiu em desuso, apenas pode ser visto nas atuações dos grupos folclóricos da Nazaré.
O traje da mulher nazarena é caracterizado essencialmente pelas suas sete saias, brancas e de cor, com crochet ou rendas e a ultima era de tecido xadrez ou de chita azul com uma barra de veludo. Estas podem apresentar vários significados como as sete virtudes, os sete dias da semana, as sete cores do arco-íris ou as sete ondas do mar. Mas o significado que prevalece é que as nazarenas utilizavam as saias para contar as ondas do mar enquanto esperavam a vinda para terra dos seus maridos e filhos.
 
O traje feminino completa-se com um avental de cetim bordado, uma blusa com mangas de renda, casaco de veludo com bordados na gola e nos punhas, cachené, capa preta. Chapéu preto e chinelas de verniz. Para finalizar o traje a mulher nazarena utilizava várias peças em ouro, brincos à rainha e cordões.
 
 
ARTE XÁVEGA
 
A arte xávega caiu em desuso, devido aos avanços da tecnologia na pesca. Mas na Nazaré ainda se fazem recriações desta tradição. Começa pela manhã numa embarcação típica lançam-se as redes para que a tarde sejam “aladas” a partir da terra pelos participantes.
 
O peixe que é capturado é vendido numa lota improvisada na praia, que também reconstitui o antigo processo de venda de peixe.
 
Este tipo de pesca artesanal ancestral é o que mais caracteriza a Nazaré, foi trazido por pescadores de Ílhavo e da Costa de Lavos, juntamente com eles trouxeram novas redes que foram aperfeiçoadas para que se tornassem mais eficazes na costa nazarena.
 
Os barcos também sofreram alterações, tendo sido moldados para o tipo de rebentação e ondulação da Nazaré, foi então que surgiu o barco-de-bico ou da xávega, as suas principais características são o fundo achatado a prolongar-se arqueado até à proa que termina em forma de bico, de ré cortada e sem quilha. Este formato era ideal para o barco entrar no mar sem se virar e para encalhar mais facilmente..

 
 

 

 

 

    

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